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....não podes mover uma flor

sem pertubares uma estrela....

(Francis Thompson, poeta inglês)

A Natureza é a casa onde habita a Vida.

Acreditamos que, como em nossos lares, cuidamos do que amamos, ou seja, daquilo que é verdadeiramente importante para nós.

Assim, quando amamos realmente, surge dentro de nós a necessidade de respeitarmos e cuidarmos com todo carinho.

Por muito e muito tempo, viemos nos afastando da nossa casa, a Natureza. Nos afastamos tanto, que, para muitos de nós, parece que já não fazemos parte dela, que não temos uma história junto a ela, enfim, olhamos do ponto de vista de alguém que tira uma fotografia de um lugar ao redor de si, ou seja, vê um cenário bonito, mas não faz parte dele e, sequer, o entende.

Se tentarmos entender como se consegue experimentar esta maravilhosa sensação de amar, notamos que em primeiro lugar, precisamos Conhecer, manter contato, e iniciar um relacionamento. A partir daí, passamos a prestar atenção, até em pequenos detalhes, e, nos acostumamos a aprender “sobre” e “com”. E o relacionamento acontece de verdade. E, nos sentimos “ligados”, “parte de”, e, isto nos desperta para o respeito e o cuidado, enfim, o compromisso.

Quando não seguimos este caminho, e ficamos distantes, evitando o contato e o conhecimento aprofundado, experimentamos a sensação do “amar no abstrato”, o que pode ser conveniente, mas também perigoso. Não aprendemos nada, evitamos ligações e relacionamentos e, portanto, nos esquivamos do respeito, do cuidado e do compromisso.

Foi pensando em tudo isso que o Projeto “Escola da Natureza” foi criado.

Ele se fundamenta em uma visão biocêntrica, ou seja, seu enfoque central é a Vida.

O Projeto “Escola da Natureza” pretende possibilitar às pessoas, a oportunidade de entrar e manter contato com esta imensa casa, a Natureza. Aprender “sobre” e “com” ela, e experimentar a maravilhosa sensação de amar, fazer parte, respeitar, cuidar e estabelecer compromisso.

Inicialmente, até por força de formação acadêmica, ela aborda os aspectos biológicos e ecológicos dos ecossistemas visitados, porém, ao estabelecer a educação ambiental, como intervenção operacional, abre espaço à contribuição das mais diversas áreas do conhecimento.